25 de nov. de 2011

Sub-operários da comunicação


Renata está no seu primeiro estágio
 Fotos: Leandro Sanção
Produção multimídia: Sandro Badaró e Sanção Maia

Qual estudante nunca se perguntou: É importante estagiar? No caso de cursos como enfermagem e fisioterapia, a prática é obrigatória e existem disciplinas específicas que exigem o estágio. Mas e para quem  faz o curso de jornalismo, graduação em que não há obrigatoriedade de estagiar, o estágio tem valor? 


A resposta é sim, já que apesar de não haver tal exigência curricular, o mercado dificilmente aceita um profissional que não tenha passado pela dura vida de estagiário. Vale também ressaltar que vagas não faltam e muitos estão aproveitando as oportunidades.


É o caso da estudante Renata Pinheiro, que trabalha em uma empresa de assessoria de comunicação, a Cibermídia. Entre as funções cotidianas da aluna da Faculdade Social está a clipagem de materiais, produção de textos e contatos com a imprensa.

Renata também explica que consegue mesclar os ensinamentos da faculdade com o dia a dia da organização. "Eu faço texto, então me ajuda bastante ter uma pessoa para corrigir. Eu melhoro o que aprendi na faculdade, sem contar a experiência".

Isabela aprendeu com
 jornalistas experientes
Já a estudante da mesma instituição Isabela Castro, que atua no site A Tarde On-Line, ressalta que existe uma diferença entre o jornalismo ideal – ensinado na faculdade – e a realidade de uma redação. “Quando você chega no mercado não é mesma coisa. É tudo mais corrido do que na universidade, onde você tem uma embasamento e aprende a refletir”.

Mas se você tem medo de não conseguir encara as pressões diárias da profissão, Isabela dá a dica. Ela afirma que no início contou com a ajuda de profissionais e pessoas mais experientes para poder se adaptar à redação. Isabela aponta as dezenas de tarefas que exerce diariamente. “Faço marcação de pautas, entrevista, produzo textos, passagens e off’s. E também executo as matérias para web”, conta.


Aprendizado ou mão de obra barata? - Uma questão que pesa para o estudante e futuro estagiário é se vale a pena atuar como um profissional, apesar de receber apenas a famosa bolsa-auxílio.

"Vaga tem, é só procurar", diz Joana
Foto: Leandro Sanção
Segundo a estudante Joana Rizério, muitos colegas, que são contratados como estagiários – principalmente em redações – são vítimas desta situação. “Às vezes ficam mais de seis horas e até cumprem a função de um repórter”, conta.

Mas ela lembra que se o estagiário “conversar com o editor e sentir que existe uma chance de contratação no final do curso, vale a pena”.

Seja para ganhar experiência ou para conseguir o sonhado lugar no mercado de trabalho, estagiar é essencial. Apesar de alguns estudantes terminarem o curso sem passar por veículos ou assessoria, dificilmente o mercado aceita o novo profissional sem experiência. E se você ainda está com dúvida, não fique parado e vá logo atrás da sua primeira experiência profissional. "Vagas não faltam, é só procurar", concluiu Joana.     


A Lei do Estágio - O estagiário não é mais o organizador de papéis na mesa do chefe ou o responsável por servir o cafezinho. Desde o dia 25 de setembro de 2008 está em vigor a nova Lei de Estágio, que exige até a assinatura da carteira de trabalho do estagiário, que também tem direito a férias remuneradas e carga horária de trabalho definida. Confira alguns pontos importantes da nova lei:

- A carga horária máxima está limitada à 6h por dia, sendo 30h semanais.  A jornada pode ser cumprida em mais de uma empresa, desde que não exceda - no total - o limite de horas permitido;

- Estagiários têm direito a férias remuneradas de trinta dias a cada doze meses ou quinze dias a cada semestre, sendo que preferencialmente o período deve coincidir com as férias escolares;

 - Não existe piso mínimo para a bolsa-estágio, valor que deve ser combinado entre o estudante e a empresa e colocado no contrato.

 Fonte: Site Estagiários.com

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